quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Quando os Animais Ocupam o nosso Lugar...


Há mulheres que são de tal forma carinhosas com os animais, que às vezes nos apetece ter "vida de cão" ou de "gato"...


Natália é uma dessas mulheres. Um de nós (pelo menos...) deixou-a de tal maneira desiludida, que não troca o seu cão, por nenhum de nós...

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A Nota na Mesa de Cabeceira...


Espero nunca chegar a tanto.


Antes de deixar o teu quarto, colocar uma nota na mesa de cabeceira.

Mas às vezes bem merecias. O que devia ser prazer, parece ser fardo. 

Talvez precises de um pires de tremoços ou pevides e depois a nota, que fazia parte das histórias do Juvenal e era sinal de adeus. 

Sim, se não sabes ficas a saber: uma nota de dinheiros, significa não voltar mais...

sábado, 27 de outubro de 2018

Há Mulheres Assim...


Não partilhava da mesma ideia do Orlando, mesmo não sendo um purista ou um poeta, capaz de dizer que todas as mulheres eram bonitas...



Também sei que a partir de certa idade, praticamos menos o "sexo pelo sexo". E sim, ela estava longe de ser o meu tipo. 

O pior era querer ser o que não era. Mas dai a ser uma "máquina de perder tesão"...

sábado, 29 de setembro de 2018

«Olá, tu por aqui...»


Há uma canção do Paulo de Carvalho, em que ele canta qualquer coisa como: "olá, tu por aqui...", eu poderia ter dito isso, mas não, preferi fitar-te, mais discretamente que tu, que deixaste o que estavas a fazer e ficaste por ali, quase um minuto a perseguir-me com o olhar.


Ainda por cima estava acompanhado e tive de levar com a pergunta do costume: "Quem é?"

Disse que a tua cara não me era estranha, mas não conseguia colar-te a nenhuma história, sem me preocupar, se estava ou não ser convincente.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

«A rua fica mais bonita quando ela passa.»


«A rua fica mais bonita quando ela passa.»


Esta frase escrita não tem o mesmo encanto de quando é dita por um velho balzaquiano, solteirão por acaso e namoradeiro por vocação, quando assiste à passagem de uma jovem, sempre bem "abonecada".

O Carlos Alberto gosta de mulheres, especialmente das bonitas, dos 16 aos 70, menos e mais que isso não lhe merecem atenção, por serem mulheres a menos e mulheres a mais (a expressão é dele...).


sábado, 28 de julho de 2018

Voltar ao Lugar do "Crime"...


As frase feitas e a sabedoria popular também se enganam.


Deve ser por isso que não lhes dou grande importância.

Por um mero acaso descobri onde estavas e o que fazias.

Decidi aparecer, fazendo-me de novas, criando um acaso, algo que fazemos mais vezes do que dizemos e até pensamos...

Foste uma surpresa agradável. 

Estavas mais madura (muito mais...), mas havia dentro do teu olhar a menina que brincava comigo aos pais e às mães, na escada enorme em vê que nos levava do quintal para a rua e da rua para o quintal.

Falámos sobretudo da infância, do nosso bairro, dos amigos comuns. Perguntámos um ao outro, o que seria daquela gente desaparecida, só dois ou três é que continuavam "vivos" no nosso quotidiano...

Trocámos e-mails, números de telemóvel e prometemos não deixar passar outros vinte anos, no próximo encontro...


sexta-feira, 29 de junho de 2018

Vale, Vale...


Agora já não vale a pena, disse ela...


Claro que vale sempre a pena, quando continuamos a gostar das pessoas e dos lugares.

A história de que não devemos voltar aos lugares onde fomos felizes é uma das maiores balelas que se vendem por aí.

Claro que quem gosta de comprar coisas, mesmo em "lojas" de gosto e ar duvidoso, é mais facilmente levado ao engano...

Pois, mas há ainda quem passe a vida a ser enganado, e continue militante...

sábado, 26 de maio de 2018

Não Saber como Dizer...


Sim, não sabia como te dizer.


Menos sabia se irias ficar feliz.

Ás vezes estarmos no mesmo estado civil oferece uma série de obstáculos.

A liberdade é tramada. Daí o meu medo de te dizer que caminhava a passos largos para a tua rua, a rua dos livres, mas também abandonados...

domingo, 29 de abril de 2018

As Voltas que a Vida Dá...


A vida dá sempre mais voltas que as que imaginamos.


Uma dezena de anos depois voltámos a encontrar-nos, no mesmo café que frequentámos. Não dizemos uma palavra, olhámos-nos com ligeireza e sem mostrar surpresas.

Pela companhia percebi que a vida te tinha dado um divórcio e um companheiro novo (apenas no teu uso, pois aparentava mais idade que o Daniel...), com pouco cabelo e alguma displicência no vestir. Tu pelo contrário, mantinhas a elegância habitual.

É bom quando não há dramas nem olhares mortiços nos reencontros. Deixámos de nos ver porque quisémos, bastou evitarmos algumas ruas e cafés, por uns tempos...

quinta-feira, 29 de março de 2018

Olhar para Ti...


Acordar a teu lado e ficar a olhar e a pensar, no que passou e no que ainda há-de vir.


Continuas a ser diferente, pelo menos se pensar na maior parte das mulheres, talvez por não seres jogadora.

Somos parecidos. E o mais curioso, é que nos entendemos, melhor do que se fossemos um casal tradicional.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Estavas...


Estavas irritada e pensativa.


Mesmo assim continuavas bonita.

Fingi que estava distraído, porque era preciso passar ao lado do nosso tempo...

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Novo Ano...


O novo ano finge que é diferente dos outros.



Mas depois, percebe-se que é tudo igual, se esquecermos as marcas no corpo, a mudança da cor do cabelo, a paciência para aturar alguns outros, que se revelam aos nossos olhos, ligeiramente mais estúpidos e chatos.

Pelo caminho podemos mudar de rua, de café, de bairro e até de cidade...

E experimentar a ilusão de que é possível voltar a viver uma vida nova.