sexta-feira, 25 de abril de 2025

Se há coisa que dispensamos, é tanto ódio e injustiça social à nossa volta (em Abril ou em qualquer mês...)


Se há coisa que dispensamos, é tanto ódio e injustiça social, no nosso país e por esse mundo fora.


Não é preciso ser Abril defendermos um mundo mais livre e mais justo, nem tão pouco ser "misse" de qualquer coisa, para falar de coisas tão óbvias
.

Até porque o mundo nunca esteve tão perigoso como agora, com tantos ditadores a quererem agarrar-se ao poder...


domingo, 9 de março de 2025

Não sei mesmo...

 

Não sei quem tem a língua mais suja, se nós homens, se elas mulheres.


Numa mesa de homens é possível dizerem-se mais ordinarices, coisas mais parvas, mas é tudo superficial, em grupo, raramente vamos ao osso.

Numa mesa de mulheres as coisas são diferentes. Pode-se não dizer um palavrão, mas as conversas avançam para todo o lado, e muitas vezes de uma forma profunda.

É por isso que não sei quem suja mais a língua...


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

O mudar simples e o mudar complicado


Mudar de camisa é demasiado fácil, quando comparada com aquelas coisas que chamamos "mudar de vida".


Mudar de namorada ou namorado, depois dos cinquenta, só parece fazer sentido se for com uma pessoa mais fresca, mais arejada, que nos leve para outro lado, qualquer. 

Lugar esse que pode ser apenas a rua detrás...


sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Começar de velho, a fingir que é novo...


Começar de velho, a fingir que é novo...


Em Janeiro é assim.

Manias dos humanos...


sábado, 21 de dezembro de 2024

Ninguém te disse, mas o amor é outra coisa...


Não sei quando começaste a fugir de mim.


Ou talvez saiba. 
Era um rapaz distraído. Bastante distraído. Mas não abusemos.

Percebi que querias mais do que eu te podia dar. 

Era demasiado livre para o teu gosto.

Se pudesses, até na cama, colocavas "algemas". E fechavas vezes de mais a porta da rua por dentro e escondias a chave.

Olho para trás e penso que ninguém te disse, mas o amor é outra coisa, pelo menos para mim...


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

O vinho de São Martinho e o teu olhar


Tínhamos quase dezoito anos.


Festejava-se o São Martinho, com uma fogueira, havia também uma caldeira enorme onde aqueciam vinho.

Havia tradições estranhas. Ainda há. Nunca conseguimos deixar de ser estranhos.

Fomos quase obrigados a beber aquela pinga quente, que eras capaz de dar a volta à barriga de qualquer um, desprevenido. Ou se insistissemos, num outro copo, ficarmos demasiado alegres.

Acho que só bebemos um copo.

Recordo apenas o teu sorriso iluminado pelo fogo, que te dava um ar mais selvagem, roubando-te a inocência que ainda possuias, enquanto fumavas um cigarro... 


quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Foi tudo tão simples...


Foi tudo tão simples.


Sim, o mundo era muito mais complicado que nós.

Transportavas um polvo que compraste directamente ao pescador da nossa rua, amigo do teu pai.

Olhámos um para o outro, falei da coisa esquisita que transportavas no saco, sorriste e falaste da coisa deliciosa, que a tua avó fazia no forno.

Até as nossas palavras eram simples, sem quererem chegar a lado nenhum.

Chegámos à esquina e despedimo-nos, sem sabermos um nome ou um lugar onde seria possível, continuar aquela conversa que parecia distante dos amores...


quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Olá Setembro...


O vento é o que recordo do Setembro da minha adolescência, passado rente a um mar cada vez mais vazio de pessoas.



Também me lembro dos dias a encurtarem... na tua companhia.

Deixávamos o mar, dávamos uma volta na companhia da lagoa e depois subiamos na direcção à tua casa. Levávamos as bicicletas à mão, trocávamos beijos apaixonados que tornavam aquela subida interminável...

Deixava-te no cruzamento entre o centro da aldeia e a tua casa.

Via-te ficares cada vez mais longe. Olhavas e a acenavas-me de dez em dez metros...

Éramos felizes e sabíamos.


sexta-feira, 9 de agosto de 2024

A malta ainda não percebeu, mas hoje já é tarde...


Olho à minha volta e sinto que a malta ainda não percebeu.

Sim, se não mudarmos os nossos hábitos, estamos bem lixados com a nossa vidinha.

Não é preciso ouvir os especialistas, basta sentir todo este calor abrasador no corpo, para perceber que hoje já tarde.

Sim, e se não queremos ser nós a mudar, a natureza vai obrigar-nos a mudar, à força.

Não sei é quantos iremos resistir, até lá...


sexta-feira, 5 de julho de 2024

E agora?


E agora?

Não me apetece ir à praia.

Comecei a gostar da praia no Outono e no Inverno e nunca mais me habituei a andar, de roupa interior, pela areia.

Não sei se é por já ter uma barriguinha e não ser o "adónis" dos vinte anos.

Mas acho que não. É mesmo por não me apetecer estar num lugar onde se ouvem mais as vozes das pessoas que o mar...

E gosto cada vez menos dos fulanos que ocupam toda a margem com chapéus de sol e nos cortam a vista das ondas...

Talvez esteja a ficar velho...


quarta-feira, 12 de junho de 2024

Coisas que se dizem e ficam para a vida...


Era adolescente. Não, com dezoito anos, já somos adultos. 

Ou pelo menos pensamos que somos...

Havia um filósofo no meu terceiro emprego, conhecido por todos como o "Dóctor", mesmo sem ter qualquer curso. 

Todos aqueles que tirou na ruas lisboetas, não contam...

Fazia-lhe confusão a minha inocência, foi por isso que me tentou educar e fazer um "bom malandro". 

Nunca o conseguiu, totalmente.

Mas nunca esqueço a sua máxima, curta mas tão verdadeira: "Não te esqueças, nunca. As mulheres querem é namorar, enquanto nós, queremos é foder."

Só não me contou que existam algumas boas excepções...


quarta-feira, 15 de maio de 2024

As ruas estão mais leves

 

As ruas estão mais leves.


As pessoas gostam de andar mais leves.

E ainda bem...