sexta-feira, 27 de junho de 2008

Praia? Não. Obrigado!

Não me recordo de uma praia sem gente, neste litoral, invadido por todas as interioridades, a partir de Junho.
É assim desde a infância (malditas Costa da Caparica e Carcavelos).
Esperem, lembro-me de uma, mas já não é...
Onde antes existiu um areal quase deserto, com apenas um barracão para pescadores. Era preciso descer as pedras, agora semearam lá umas escadas amarelas e azuis e aquilo tornou-se moda surfista, até de banheira.

Pois bem, para piorar as coisas, como sou branco e fininho, tenho vergonha de andar de calções, de me misturar com os hércules e as boas e sexis, vestidos e vestidas apenas com as modernas parras da eva e do adão.
Ainda visitei algumas praias à noite, com gente a dar música, petiscos e bebidas fortalhaças. Mas aquela confusão incomodava-me. Pensei: «para quê ir para a confusão, se posso entrar nos melhores bares de Lisboa, tão confortáveis e sem as enchentes do costume?»
As minhas férias? Tiro-as no Inverno e na Primavera, sem neve e sem praia. Prefiro viajar, conhecer mundos, cidades e pessoas normais, mais ou menos vestidas.

Praia? Não. Obrigado!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Brindámos às Tuas Palavras


É verdade, Fernando.
Antes do almoço descemos ao "Martinho da Arcada", pedimos três moscateis e fizemos um brinde, encarnando os teus irmãos mais conhecidos.
Eu fiz de Bernardo Soares, o Flávio assumiu o papel de Ricardo Reis, o Joaquim foi naturalmente o Álvaro de Campos. Só faltou mesmo o Alberto Caeiro, porque o Luís, baldou-se ao almoço e ficou em Cacilhas.
Em tua honra, Fernando, prometemos continuar a ser umas "excelentes pessoas" e a divulgar a tua poesia, mesmo no botequim mais sarnoso.