O vento é o que recordo do Setembro da minha adolescência, passado rente a um mar cada vez mais vazio de pessoas.
Deixávamos o mar, dávamos uma volta na companhia da lagoa e depois subiamos na direcção à tua casa. Levávamos as bicicletas à mão, trocávamos beijos apaixonados que tornavam aquela subida interminável...
Deixava-te no cruzamento entre o centro da aldeia e a tua casa.
Via-te ficares cada vez mais longe. Olhavas e a acenavas-me de dez em dez metros...
Éramos felizes e sabíamos.