quarta-feira, 28 de maio de 2008

«Ainda Não me Falta a Memória»


Há coisas que só têm graça ao vivo, contadas perdem sempre mais de metade da piada.
O meu colega de trabalho, Joaquim Corça, à beira da reforma, tem saídas únicas.
A última foi ontem ao almoço, numa mesa de amigos, bem regada, quase ao lado de outra, muito bem frequentada por três mulheres, bonitas e maduras.
O Manecas entrou com ele, perguntando-lhe se já precisava de "viagra" para dar assistência àqueles aviões.
Joaquim sorriu, antes de dizer com orgulho: «Já sou avô e vou para os sessenta, mas ainda não me falta a memória, tanto numa como noutra cabeça.»
Risada geral, como calculam.
As mulheres da vizinhança perceberam que eram o assunto da sobremesa, porque também acompanharam a parte doce da refeição e os cafés com sorrisos matreiros, embora mais disfarçados que os nossos, como convém, numa mesa de senhoras.

domingo, 18 de maio de 2008

Fados do Futebol

Hoje é dia de se falar de Museus ou de Futebol.
Não ligo muito ao futebol.
É uma felicidade estar sentado no trabalho e não perceber patavina das conversas de segunda-feira, nem conhecer os jogadores que saltam para a mesa, a pedido da malta doente que até deve conhecer o nome dos apanha-bolas e massagistas das equipas.
A única coisa que nos une neste regabofe é o Pinto da Costa. Também não suporto a personagem. Faz-me lembrar aqueles beatos falsos, agarrados a deus, por quem são capazes de jurar e orar, com o ar mais cristalino do mundo.
Sei que sou mouro e não lisboeta para aquela gente, mas também lhes digo, antes mouro que morcão.
E estou farto dos fados do futebol.
Gosto muito mais de Museus.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Já é Maio


Não era para dizer nada.
Mas depois pus-me a pensar e disse: porque não?
Esta aventura começou à um ano, porque um gajo amigo me disponibilizou o portátil e me mostrou como era fácil ter um blogue.
Imaginem só, ter um blogue sem ter computador (pensava que era caso único, mas estava enganado. Descobri que há mais gente por ai que actualiza os blogues em serviços públicos e no trabalho, porque nem todos conseguem pagar um bom serviço da internet)...
As coisas foram andando, até que uma brincadeira atingiu uma gaja demasiado perfeita, que finge gostar de ser gorda e solteirona, daquelas que pensam que os "IP's" dizem tudo de cada de nós.
Partiu para o insulto. Insultou mais o meu amigo que a mim. Eu não tinha computador, logo não existia. Mal ela sabe que o Flávio também é de carne e osso, esse malvado fadista e mulherengo, de gosto pouco requintado.
Este meu amigo passou ao lado de tudo, ainda foi capaz de sorrir para a lata da malta que continua a pensar que dois e dois são cinco.
Estas palavras como já perceberam, só têm um destinatário, um amigo raro a quem deixo um abraço.

nota: este "post", excepcionalmente, foi publicado no computador de outro amigo, porque se o "gajo das nuvens" soubesse, era capaz de não o publicar. O rapaz tem a mania que é modesto. Feitios...