O nosso Setembro trazia de novo a calmia à nossa praia, ao nosso mar.
Como ainda fazia calor, continuavas a andar pela velha casa amarela, com o mínimo de roupa possível, sem te preocupares com os mirones do outro lado da rua, que percorriam as janelas com os olhos colados a binóculos.
Eu não dizia nada. Acho que nem sentia ciúmes, mesmo dos homens que te olhavam mais tempo que a conta.
Era jovem e não pensava nessas coisas, muito menos em querer que fosses só minha...
Sempre que passo na velha casa amarela, lembro-me de ti. do teu olhar, do teu sorriso, do teu corpo e das tuas ideias mirabolantes, muito mais para a frente que as minhas.
É estúpido, parece que não sinto a tua falta, só sinto a falta do nosso Setembro...
Nenhum comentário:
Postar um comentário