Chamei-te durante anos, a "garota dos anos vinte", porque escolhias sair para a rua de uma forma única.
Era a roupa mas também o cabelo, que usavas sempre curto. Mas o mais expressivo era o teu rosto, que pintavas como se fosses entrar dentro de uma tela. Os teus lábios então eram uma coisa...
O casamento trouxe-te mudanças que desconhecia.
Ontem cruzamos-nos na rua e só descobri que eras tu, porque não paraste de me olhar e sorrir.
Quem não gostou muito do "filme" foi o teu marido.
E pensar que nós nem sequer fomos amantes...
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