A esplanada do café, que noutros tempos tinha um "iman" e puxava para as suas mesas que gostava de ler, escrever, pintar ou simplesmente de olhar.
Foi a explicação que deu à companheira, quando esta começou a fazer contas e a querer "mudar" a cidade e o país.
Não, aquelas pessoas não podiam entrar em estudos sociológicos. Era bom ver naquele raio de vinte metros, entre as 16 que ocupavam as várias mesas do café, ainda com distanciamento físico, 5 a ler jornais (mesmo que fosse o único jornal que se vê ler, mais dois desportivos...), três a lerem livros, as restantes a conversar, com a excepção de uma moça, dos seus trinta e alguns anos, que sozinha na mesa, viajava dentro do seu "smartfone".
Ela abanou a cabeça, que sim, realmente era leitura a mais para um país que prefere que lhe contem as notícias, na televisão e na rádio.
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