Não sei de onde veio esta minha maneira de ser mais próxima os italianos que dos portugueses.
Gosto de falar alto e de contar com a ajuda dos braços e das mãos. Não sei se isto tem alguma coisa que ver com a anedota que me habituei a ouvir desde a infância contada pelo pai, do italiano que caiu ao mar no Mediterrâneo e mesmo sem saber nadar conseguiu chegar a terra... Quando lhe perguntavam como se salvara, mexia os braços e dizia: «parlando, parlando...»
Mas acho que pior que falar alto e ser ajudado pelos braços e as mãos é a minha outra parte, este dizem que também é espanhola, de olhar com as mãos.
Quando gosto de uma mulher, gosto de a sentir, gosto de lhe mexer, de andar com as minhas mãos a descobrir curvas, mesmo que seja apenas nos ombros ou nos braços.
Muitas donzelas não gostam destes toques. Umas têm medo de "desafinar", outras acham que são "peças de fruta", para escolher apenas com os olhos...
Toda esta conversa me fez lembrar a Esmeralda, essa mulher diferente, que não é de ninguém e é de toda a gente, que gosta de ser pesada com os olhos e com as mãos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário