Finge que trabalha, das nove às cinco.
Mas é mentira, onde de facto trabalha é em casa, para preparar mais uma noitada no bar do Rui, com canções diferentes, para pessoas diferentes.
Está lá das vinte e duas às duas da matina. E depois casa. Gosta do cansaço que sente e de mal se deita na cama, adormecer de seguida, até ao toque do despertador.
É assim há pelo menos doze anos, desde que o seu casamento acabou, quando a mulher preferiu roubar o marido da prima.
Nunca mais conseguiu ter uma mulher por mais de uma noite.
Escreve muitos poemas sobre essas mulheres, fatais e fatalistas. Mas sabe que nunca mais confiará em nenhuma...
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